Na estrada.

Papito está se mostrando deveras preocupado com essa minha ida de carro sozinha pra Sumpólo. Ele não considera Botões, meu cachorro de pelúcia, uma companhia propriamente dita.

Meu amor por viagens de carro é muito antigo. Desde que me entendo por gente, todo ano a família carregava a Marajó e seguia os 1600 km até Porto Alegre, QG dos Bartz, em dois dias inteiros de viagem com um pernoite em Curitiba, que às vezes podia ser em Joinville ou Ourinhos. Quando criança, já quis ser caminhoneira, porque achava o máximo essa vida na estrada, e na época eu não sabia quem era Zeca Camargo, dono do melhor emprego do mundo.

Com a prosperidade, as viagens de carro da família foram ficando mais esparsas. Sacanagem, porque os carros foram melhorando, mas as passagens aéreas ficaram mais acessíveis. Ainda assim, em 97 fizemos a viagem do quadrado: Rio - Curitiba - Foz do Iguaçu - Missões no oeste do RS - Porto Alegre - Serra Gaúcha - São Joaquim - Curitiba - Rio. Se olhar num mapa, de Ctba em diante é um quadrado. Foi uma viagem tão legal que repeti em 2005, com Falecido. Também em 2005 eu viajei muito pro interior de SP pra fazer estágios com bois e vacas, sempre com Mais Loira a tiracolo. Aliás, ML é ótima companheira de estrada.

Em 2006 comprei o Tumati, e aí ninguém mais me segurou. Fui pro sul, Minas, São Paulo... Mas desde que me formei, em 2007, só fiz mais poucas viagenzinhas de carro. Mauá, Campos do Jordão e Friburgo, essa última nem pode ser chamada de viagem. Então essa chance de ir pra SP via Tumati me animou horrores, mesmo saindo mais caro que ir de avião. Espero que seja a primeira de muitas...