... senta e toma seu Logan placidamente cercado de seguranças, enquanto os trombadinhas furtam os frequentadores da sua
boite/trincheira.
Passei na casa da Mais Loira umas 11 e meia. Atrasada, como sempre. Ela foi buzinando nos meus ouvidos da Glória até Copacabana, o que pode ser muito, dependendo do trânsito e de quantas vezes eu me perco no caminho.
Paramos numa vaga boa, indicada pelo Flanela-Bandidão, que tentou nos extorquir 10 reais. Meu querido, olha bem pro meu carro e me diz se você realmente acha que eu vou te dar 10 reais assim. Vai te catar.
Na fila, já batia aquele arrependimento. 'O que que eu to fazendo aqui? Só tem pirralhada e gente estronha nesse inferno.' Como se eu não soubesse disso antes, né... Fora isso, umas piri-pi-piri-pi-piriguetes estavam chegando nuns supostos espanhóis. Acho que eram refugiados cubanos, eles tinham a cara meio assustada. A fila andou, entramos e fomos pegar nosso drink 'grátis'. Como eu tenho medo de tudo que servem lá e não fui eu que abri, peguei uma cerveja mesmo. Depois Genérico Ice. Depois mais Genérico Ice. Depois... depois eu acabei derrubando meu Genérico Ice em cima de um moço que passava pela escada. Ganhei um olhar cheio de ódio e negativos, mas JURO que foi sem querer. Nessa hora, Mais Loira tava cercando o bonitinho de vermelho, que olhava, olhava e nada. Ô gente sem atitude!
Seguimos entornando, até que duas figuras se apresentam. É guerra, gente, tem até estratégia, vêm em dupla, cercam, combinam antes quem ataca quem... A alegria é que dessa vez sobrou o bonitinho pra mim e o gordinho ficou perturbando Mais Loira. Como ela é suuuuuuper simpática, fuzilou o bixinho com os olhos e em 2 segundos ele foi embora. Aí ela se atracou com o bonitinho de vermelho, que fofo.
O papo tava animado, etc e tal, chamei Mais Loira pra ir no banheiro comigo. O palhaço que me fazia companhia disse que me esperaria, ok, eu acredito. Na volta, percebi que guerra é guerra e não devemos confiar no inimigo. Tomei um S. Bem feito! Aquilo lá já tava ficando chato, eu já estou velha pra essas coisas, cansei, quero minha caminha.
Nem pegamos fila pra pagar, já que nos rendemos cedo, mas também não ia ser tão fácil assim sair daquele circo dos horrores. Na porta, confusão, polícia, uma menina chorando... BARRACO! Oba, agora sim a noite está salva! Parece que uma menina foi assaltada lá dentro. Não furtada, as-sal-ta-da. Por isso que eu tenho muito medo desses lugares mal frequentados.
De lá passamos no Bobs da Lagoa pra diluir com Coca-Cola aqueles litros de Genérico Ice e jurar que nunca mais voltaremos na Infernuzinn. Duvido, a gente adora sofrer. No caminho pra casa, passei por uma blitz fazendo a clássica cara de boa-moça-que-só-bebe-guaraná. Ninguém me para, eu sou muito acima de qualquer suspeita.
Liguei o computador, conversei com meia dúzia de sem noção que acha bonito ficar no msn às 5:30 da manhã e dormi atéééééé 13h. Ai, que feliz. Acordei de ressaca e com o olho direito dolorido, vermelho e meio inchado. Culpa do olhar raivoso que o moço do banho de Ice me lançou. Agora to com terçol. Desgraça... Eu até passo incólume pelas blitzes da vida, mas sou muito sensível à praga de gente estronha.