Segui a pé pro consultório faltando dez minutos pro horário marcado. Subi, toquei a campainha e aguardei na sala de espera. Coloquei os fones pra não ouvir a consulta e tentei esvaziar a cabeça.
Começou tudo bem, e depois as lembranças se embaralham. Não sei bem como, mas passei de ajudante a paciente. Vi um monte de boa intenção minha virar joguinho, vi que fui meio hipócrita em alguns pontos e me vi sem argumentos. Levantei a voz pra ouvir que estava sendo burra e saí dali meio entorpecida e muito, mas muito confusa. Vontade de andar até acabar o chão, sabem?
Pensei em acabar tudo, não porque tudo estivesse ruim, mas só pra poder começar de novo. Chorei um monte. Chorei de triste, chorei de raiva, chorei de indignada que fiquei com aquele monte de informação que eu certamente nem deveria saber, pelo menos não da boca de uma terapeuta. Pois é, dizer "eu nem devia te falar isso" é porque realmente não era pra abrir o bico.
A boa filha está na casa.
Há 3 anos
4 comentários:
Olhe, eu ia esperar o saga terapêutica III pra poder comentar...mas meu bocão não consegue se segurar. Então, um comentário chinfrim, porque é mais pra mim do que pra você: viver ultrapassa todo entendimento. O que estou querendo dizer mesmo é (e olhe que sou psicóloga, kkkk) esse "negózi" de terapia, sei não..melhor é beijar na boca, dormir de mãos dadas e pplanejar a cor das cadeiras de balano pra quando forem velhinhos.
De qualquer forma, abraço bem apertado e um beijo carinhoso...
Mila... relacionamentos são por demais avassaladores. Mudam tudo, a gente, nossa vida... e como são complicados! Mas a gente não consegue viver sem...
Achei que esse negócio de terapeuta chamar era só pra pai e mãe.
independente de qualquer coisa essa terapeuta devia rasgar o diploma.
kd o sigilo?!
eu denunciaria facilmente pro CRP
Borbô, vou colocar o "viver ultrapassa..." no orkut! haha
Thata, eu também nem sabia dessa, acho que fui mais de curiosa.
Maqui, taí minha indignação.
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