Umas palavras sobre o Falecido.

Atenção: post fofo. Pode provocar náuseas em pessoas menos sensíveis...

Tenho que reconhecer, Falecido é um doce. Gente boa, responsável, bonito. Mas sei lá, não deu. Eu perdi o interesse, ele perdeu a paciência com meu excesso de preguiça, mas já eram tantos anos juntos que ficava difícil saber que era passada a hora de dar tchau. Como ele também é muito inteligente, soube a hora de me demitir do cargo de namorada. E como isso aconteceu na véspera da véspera de Natal, fiquei muito puta da vida. Por isso passei uns meses carregando um certo ressentimento, uma raivinha irracional daquela pose de bom moço. Hoje vejo que, na verdade, ele ligava porque me desejava tudo de bom, apesar dos pesares. E o fim desse namoro foi muito bom pros dois: ele retomou fôlego pra tocar projetos engavetados e eu dei uma chacoalhada boa no meu marasmo, redefini o escopo da minha vida.

Passados alguns meses, posso jurar de pé junto que quero que ele seja muito feliz. De coração. Trocamos esporádicos e-mails, ele me ajudou no lance do coma do bebenote, mas sei que não seremos amiguinhos. Só duas pessoas que desejam o bem uma da outra. E o pé na bunda veio em ótima hora pra que eu pudesse curtir minha fossa e levantar pra conhecer meu Certo Alguém já de coração livre e desimpedido. Timing perfeito.

Acredito que rancores são como um saco de pedras inúteis: a gente opta por carregar ou largar. Carregar só dá trabalho pro dono do saco, então eu guardo as boas lembranças e, principalmente, as lições aprendidas. É isso, de alguma forma, Falecido me ajudou a ser uma pessoa melhor, e tudo que aprendi com os erros pregressos estou colocando em prática com o novo dono do meu coração.

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Quem enjoou ao ler este post gosmântico levanta a mão! :)