- Aviso 1: Post grande e sério, não esperem rir;
- Aviso 2: Meu blog, meu espaço, minha opinião. Assim como todo o resto, se aconteceu comigo, é meu direito contar, né não? E podem vasculhar, o único nome neste post é o do Marcelo, vulgo Namorado, vulgo Namolito. Os outros "personagens" são identificados somente de forma a dar entendimento aos fatos.
Acordei de sobressalto com o celular tocando. Achei que já era de manhã e Namolito estivesse atrasado pra buscar seu filho. Quando vi que era sua ex-mulher ligando, devolvi o aparelho pra ele dizendo
"putz, perdemos a hora, você tá atrasado! Atende, atende!". Olhei pra fora, tudo escuro. Ele atendeu, falou meia dúzia de palavras num tom
"ah, fala sério" e me devolveu o telefone. Eram 2:20.
DUAS E VINTE DA MADRUGADA.
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Quase dois anos atrás, Namorado seguia comigo pra Irajá, pra fazer um exame, e seu telefone estava quase sem bateria. Concordei em passar meu número pra mãe do filho dele porque
as circunstâncias pediam; o que tem de mais? Ligue a hora que for,
sendo emergência. Até então, só tinha me ligado uma vez, acho; não era emergência, mas foi em horário normal, aquele em que
pessoas educadas ligam pras outras. E na ocasião ela foi MUITO educada, meio formal, quase se desculpando por ter que me contactar. Imagino que não deva ser super legal e agradável ligar pra atual do ex, e ela
tirou de letra.
*****
Levantei hoje de manhã com preguicite extra. Falei com Marcelo que não questionasse nada com ela, já que o assunto também era meu, e já tinha pensado numa maneira amena de abordar o assunto diretamente; ele preferiu resolver sozinho. Joguei a piadinha
"tá, mas avisa que o mesmo número de emergências também serve pra pedir desculpas".
Agora há pouco, perguntei pro Marcelo
"e aí, como foi o papo da manhã?". Em linhas gerais, ele disse pra eu
esquecer qualquer pedido de desculpas, porque
quem se acha coberto de razão não pede desculpas. Aparentemente, um comportamento do Marcelo em relação à rotina de sono do filho justificava a atitude de ligar às 2:20 pro celular da namorada do pai do filho, aquele das emergências.
Fiquei chateada, resolvi desabafar e, porquê não?, me abrir a outras opiniões (
aqui que vocês, leitores, entram!) e talvez ver que estou fazendo tempestade em copo d'água.
Concatenando...
1. Claramente,
não era emergência, se levarmos em conta que emergência trata-se de situação crucial que pede resolução imediata; o assunto poderia ser abordado na manhã seguinte, mesmo que com toda a raiva / indignação da noite anterior; a não ser que consideremos o raciocínio
"fui acordada por culpa do fulano; logo, é justo que fulano também acorde".
2. Não sou pai, nem mãe. Não sou responsável por ninguém além de mim mesma - e dos meus filhotes felinos: gatitos, mamãe ama vocês!
Sou namorada de um pai, ainda que tenha um afeto enorme e incondicional por seu filho, fazendo o que estiver ao meu alcance para o seu bem, mesmo que signifique acordar às 2:20 da madrugada. Neste caso específico,
não consigo ver como eu acordar às 2:20 possa ter promovido qualquer bem ao filho do meu namorado.
3. Visto que durmo muitas noites por semana - não todas - com Namorado, tenho consciência que situações de emergência ocorrerão, assim como ocorrerão
situações de divergência, como acredito ser o caso desta noite, e que certamente podem me acordar em horários adversos, já que o telefone da casa e o telefone do Marcelo tocam tão alto quanto o meu. Vou chamar isto de "efeito colateral", sem queixas (ossos do ofício!).
4. O MEU telefone PESSOAL, aquele que serve para EMERGÊNCIAS, não deve tocar se não for... EMERGÊNCIA.
Não são todas as noites, como não é qualquer horário, que estou com o Marcelo; assim sendo,
ligar para mim não é garantia de falar com ele, mas é garantia de me acordar. E
não consigo ver vantagem alguma em ME acordar À TOA às 2:20 se a divergência em questão não tem nada a ver comigo. Sério.
Acho até que pega mal.
5. Possíveis rixas à parte (porque né, to considerando TUDO aqui!), somos todos
velhos barbados carecas de saber adultos; acho que esperar RESPEITO e CIVILIDADE - vejam bem, nem menciono consideração, já que este não é "item obrigatório" - das partes é um
direito E DEVER de nós três. Bem ou mal, de alguma forma, teremos OS TRÊS que conviver; que tal fazermos isto da melhor forma possível: COM HARMONIA, PAZ, BOM SENSO e BOA VONTADE?
Sou toda ouvidos.