Recapitulando, o cara pá, me dá a chave, perdi, preiboi, até aí vocês entenderam. Só que ele saiu quicando pela rua, certamente atrapalhado com a falta de embreagem, o que pode fazer com que o motorista use o pé esquerdo pra pisar no freio, junto com o acelerador. Complicado, né? Então, eu sei bem disso porque sofri pra aprender a sossegar o pé esquerdo.
Mas voltando, o cara saiu quicando num anda-freia-pula-anda-pára, o que, junto com meus estridentes gritos, chamou a atenção de quem passava na travessa onde ele entrou, travessa esta que termina na quadra seguinte, em outra travessa de mão única. Logo, o meliante se viu sem saída, chamando atenção num carro galopante e sem gasolina.
Nisso eu choraaaaava e chorava, quando passou um taxista e "Corre, entra aqui, seu carro está ali na outra rua!" E estava. Ligado. Engarrafando o trânsito. Inteirinho da silva, sem faltar nem um trident, nem um CD, nem nada. Entrei no carro incrédula (porque, né), busquei Namolito e seguimos pra delegacia, onde me mostraram o álbum de figurinhas, mas não achei meu meliante. E ainda tomei esporro do escrivão (não sei se era escrivão, mas ele me atendeu e escreveu muito. Vamos chamá-lo de escrivão) por ter descrito o sujeito como "moreno claro". Segundo o puliça, não existe moreno claro. Existe pardo. Ok, serve pardo então.
Saímos da DP super tarde, minha cabeça latejava e eu só pensava em dormir. Sonhei muito com o assalto. Nos sonhos eu desarmava o bandido, enchia ele de porrada e era ovacionada na rua. Lindo, lindo.
2 comentários:
Hahaha, amiga, eu tava no sonho batendo palminha prá ti?
Porra, escrivão otário, o cara tem cor de café-com-leite, cor de 5:30 da tarde, eu você tem que lembrar do pardo? Vá lá, meu caro...
Pardo? Mas essa merda nao tinha sido abolida? Perdo pra mim soa como nome de sujeira... Me recuso! A pessoa é morena, mulata, negra, branca... Mas pardo nao!
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