quarta-feira, 1 de junho de 2011

As últimas considerações.

Continuo uma besta primitiva materialista. O cara me enfia uma pistola na barriga e eu só conseguia gritar "meu caaaaarro, minhas coisas que estão no caaaarro, ai ai ai...". Porra, Pollyanna, vamos ficar felizes por não termos tomado pipoco nos cornos?

Isto tudo aconteceu voltando do enterro da avó do Namolito. Porque nada, NADA é tão ruim que não possa...

Curioso que quando estávamos no cemitério, Marcelo me explicou que, para sermos cremados, o ideal é deixar o desejo por escrito, registrado mesmo em cartório. Aí que ontem, antes do bafafá do assalto, resolvi que ia o quanto antes registrar meu desejo de virar churrasquinho no post mortem. Vai que... e olha que quase foi que! (Ai, drama...).

Esperando pra registrar a ocorrência na DP, chegou um monte de viatura do GAT com uma grande apreensão de metralhadoras, granadas, drogas e um elemento algemado. Parece que fizeram uma varredura no morro. O meu (to chamando de meu já...) meliante não quis nada, NADA além do carro. Não quis bolsa, não quis celular, relógio, notebook. Nada. Só um meio de transporte. Fico imaginando se ele não estava lá no mafuá e teria conseguido escapar, e aí tentou um veículo pra continuar a fuga. Ou o cara é retardado mesmo, ou só queria dar um rolé. Vai saber.

6 comentários:

Dona Lô disse...

É, vai saber. Mas quer ouvir? claaaaro que a vida da gente vale mais, Sujismundo a gente rala e compra outro. Mas todo mundo lamenta amiga, porque sabe que não veio de graça. Todo mundo se descabela, porra, é muita noite de sábado, muita manhã ensolarada de domingo prá se ter o que se quer. É muito esforço, horas de trabalho, lutando prá manter vivo quem te chega mal. Claro que a gente lamenta. Materialista ou não, só a gente sabe o quanto custou. Reclamamos porque valorizamos, muito justamente, nosso suor diário. Desencana, tô contigo!

Luana disse...

Medo de passar por coisas assim... Ainda bem que deu tudo certo! Nossa, tenho um amigo que teve o carro roubado - em sao paulo - e os caras ainda levaram ele junto... Só nao mataram porque ele, que estava preso no porta malas, conseguiu abri-lo e pular... Na queda ele quebrou braço, se machucou todo, mas nao morreu... Que odeio de gente que faz coisa assim! Por causa de um carro? Vale mesmo a vida de alguém?

Peterson Quadros disse...

Vamos lá... Estou no feriado e tirei para ler, com toda a calma do mundo, o desfecho do meio. O automatismo do carro jogou a seu favor, quase que um sistema antifurto. Louco fiquei com o tal escrivão. Acho moreno claro um termo muito mais charmoso que pardo... Mas, nesse mundo de nomenclaturas, quem sou eu para falar algo.
Com o infográfico me senti no Globonews ou coisa parecida. Finalizando... Somos todos materialistas. É o apego, não queremos que algo nosso acabe nas mãos dos outros. Acho que é uma raiz da nossa ancestralidade, pois quando morávamos nas cavernas, certamente detestávamos quando pegavam a coxa do nosso mamute.
Sobre a avó do Namolito, meus sentimentos.
No mais, obrigado pelos textos e abraços.

Marcelo disse...

Pior que a culpa da nomenclatura não foi nem do "escrivão". O sistema só tinha essa opção. :/

Carmen disse...

Menina, loucura, loucura, loucura...mas realm Camila, graças a Deus deu tudo certo! Desde a sua total integridade física e até psicológica, até o Mundinho de volta.E qt ao consumismo não é isso não, é que o traumatizante é a invasão da nossa privacidade, e de nos tomar o que possuímos, por isso a sua preocupação com "as coisa tudo".Normal.E graças a Deus por tudo!

***GrAzI disse...

Peguei o bonde super andando!! Isso que dá ficar off no meu mundo próprio por semanas!! Foda isso do seu carro! Mas ainda bem que comecei pelo final e já senti o alívio em saber que no final das contas deu tudo certo!!!!
Beijos!!