quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mico meu.

Outro dia a radiologista pediu pra eu dar uma "olhada ultrassonográfica" na barriga de uma calopsita. Tinha um brocotoma meio branco na radiografia e ela queria saber se era líquido ou massa no abdomen. Ok, Doutora, nunca fiz US em calopsita, mas vamos tentar.

Era líquido, vi o fígado, mas aí apareceu uma vesícula no finzinho da barriga. Bem ali onde eu sempre encontro a bexiga nos meus pacientes corriqueiros: cães e gatos. Por analogia (e por ter matado tantas aulas de anatomia...), assim que vi a tal vesícula, exclamei "olha ali, a bexiga!". E salvei a imagem, e comemorei toda orgulhosa de mim.

Aí a radiologista me chama no canto e... "cara... ave não tem bexiga, tem cloaca"...


Aí eu:


Poker face daqui.

Marley feelings.

Hoje chegou pra mim um pastor belga de 15 anos. O pedido do exame já assustava: "Neoplasia prostática há dois anos, não tratada". Aí entra o cachorro, de maca porque não conseguia andar, magro, vomitando. Tipo, um cachorro de grande porte com 15 anos sem histórico de neoplasia já me fez pensar em neoplasia. Com histórico, fato que deve ser metástase, né? Errado.

A próstata tava lá, grande, irregular, com um abscesso. Ok, pode ser só inflamação. Os rins lindos, o baço perfeito, nenhum linfonodo alterado. Aí o estômago, todo grande, cheio de líquido e com uma imagem clássica de corpo estranho:


A dona dele, boladona "ih! será que é o carrinho de borracha dele, que sumiu?"

Boa, cachorro. Depois de velho, resolveu comer seus brinquedos...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Afagos.

Às vezes o dia já começa torto, tipo hoje. São problemas cagando mais problemas na cabeça, até me atolar numa poça enorme de merda de problemas. A cerejinha deste sundae de bosta foi literalmente uma mijada. Uma cachorra se mijou abanando o rabo, deitada de barriga pra cima. Foi xixi pra todo lado, inclusive em mim.

Mas aí minha doce vizinha de sala, a Su, me aparece com um cappuccino quentinho e cremoso.

Faz voltar a ter esperança na vida, sabem?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A idéia era dormir cedo...

Tudo zen, tudo na paz no plantão (calma, calma, não voltei a fazer isso não, foi por acaso e pra fugir do trânsito da ponte pré-feriado...). "São 23h, bom, vou dorm..." NOT! Murphy tudo ouve e não curtiu, aí mandou uns e outros.

E foi assim a primeira vez que vi uma hérnia no diafragma: fígado encostadinho no coração. TENSO!

(Ainda não sei o que vai acontecer com o pobre bichinho. Internei no meu quarto. Agora ele dorme e, dependendo da sorte, opera amanhã. Vamos torcer?).

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vida duuuuuura...

De folga hoje. Já passei 2 horinhas apanhando do personal suando a brusinha na cadimia e agora vou tostar um cadinho no clube. Porque ninguém é de ferro, né...

*****

Mas não me taquem pedras nem me chamen de a toa na vida ainda! Quarta-feira vou fazer 24h de trampo direto e sem escalas. Ninguém é de ferro, mas eu tenho contas a pagar. Nhé.

domingo, 19 de junho de 2011

Não faz sentido.

Ontem já bocejava antes das dez, depois de tulipas de cerveja e doses de vinho quente (eu tava num anarriê). Aí o povo pilha, eu caio, repito a frase batida que dormir é para os fracos e me jogo. Fui dormir quase 5h, acabada. Acordei às 7:30, sem despertador. Rolei mais uma hora na cama e não consegui voltar a dormir. Tipo, 3 horas de sono, litros de entorpecentes alcoólicos, e acordo numa boa e sem ressaca. Fui pra aula e estava mega ligada. Nem revertério gastrointestinal tive, nem mesmo depois de almoçar pastel com caldo de cana e mandar pra dentro 1 litro de água de coco (a sede era intensa!).

Sumpólo não só faz feliz, como faz bem à saúde. Parece.

sábado, 18 de junho de 2011

Fikadika.

Amigos homens rapazes do séquiço masculino: quando vocês pá, chegam na menina, ela diz que tem namorado e dá uma risadinha tipo hihihi, ok, avancem nas investidas. Se ela diz "mermão, se liga, eu tenho um namorado FODA que só não está aqui por motivos que não te interessam", pulem fora. Sério. Pedir desculpas ou dizer "ok, malz aê" também rola.

Copiaram?

@Sumpolo.

Acordei às 5h, cheguei no SDU às 6h, a moça do embarque anunciou que era assento livre, o que dá MUITO sentido à fila no embarque. Não tinha finger, fomos de bus, subindo aquela escada bamba-que-só-tem-gramú-nos-filmes, vi que soltou um breguete da minha bota. Nova. Primeira vez que uso (valeu, Antonella...). Consegui cadeira no corredor - e lugar pra bolsa na cadeira do meio, yes! - mas o puto na janela fez questão de passar uma hora vendo nuvens, então a maldita claridade não me deixou dormir. O lanche foi bom (Avianca, curti!), poucos mal educados levantaram antes do avião parar, fila do táxi grande, mas rápida. Encontrei calega na fila, rachamos o táxi, motorista malandrão ou perdidão fez o passeio mais longo - e mais caro. Tomei uma média no boteco e já estou há quase duas horas ouvindo sobre metodologia científica.

E vocês, o que (já) fizeram hoje?

UPDATE

E já arrumei cazamiga um barraquinho com a coordenação do curso. mthfckrs!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sonâmbula.

Esta noite tive um sonho escroto. Namolito fez umas merdas aê e eu fiquei puta. Aí o que a pessôua faz? Mete uma cotovelada nos cornos do sujeito, que não entendeu nada e provavelmente virou pro lado e dormiu indignado.

Malz aê, gato, queria te pranchar só no sonho mesmo, mas aqui no mundo dos acordados continuo não tendo nada contra você, tá bom? :)

sábado, 11 de junho de 2011

Preservando as endorfinas.

Uma vez um sábio me contou que, quando nos ofendem, o ideal é não se sentir atingido, já que perdoar é divino e revidar é escroto. A partir desse pensamento, constatei que nunca, NUNCA vale a pena se estressar com nada, visto que o motivo do seu estresse, seja coisa ou pessoa, não é prejudicado pelo seu estresse; só quem se prejudica com o estresse é o próprio estressado (pequeno exemplo: você tá lá no trânsito e toma uma fechada; se estressar com quem te fechou só eleva a sua própria pressão, o "alvo" do estresse continua ali, feliz e cheio de endorfinas, dirigindo na sua frente). Mesmo que consideremos um (suposto) poder pessoal de emanar energias negativas muito bem canalizadas pra, digamos, o puto que te fechou no exemplo acima, é sabido que quem plasma energia negativa também sofre com ela (tá, sem entrar no mérito das energias - que eu particularmente acredito - vamos seguir a lógica: quem acredita que consegue mandar más vibrações tem que acreditar que também é suscetível a elas, de acordo?).

Então, essa super introdução é pra corroborar (aham-aham!) mais uma epifania minha: não só não vale a pena se estressar, como não vale a pena se aborrecer, se magoar, nem se corroer de orgulho besta, já que todas estas ações prejudicam, talvez não somente, mas principalmente, o autor. Não é fantástico?

A solução que consigo pensar agora - e nisso eu colei de um certo alguém aê - depende do valor do seu alvo; se é alguém que vale a pena, converse e resolva; se é o babaca fdp mau motorista do exemplo acima, mostre a língua, mostre o dedo médio, mande se foder, mas imediatamente releve, sublime e jogue uma pá de cal em cima. Só pra garantir.

Será que eu consigo? Pollyanna jura que sim. ;)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Por um triz.

Eu ia dizer que estou a isso aqui - vocês não estão vendo meus dedos, mas estão bem próximos, sinalizando "bem pouquinho" - de descer das tamancas. Mas não estou. Sei lá, enchi. Sempre fui de brigar por merreca qualquer - eu disse merreca! - nem que fosse por questão de princípio, ou só pra ganhar mesmo, coisa que eu adoro, mas cansei.

Pessoas que me trazem aporrinhação, não esperem mais piti. Esperem indiferença. Ca-guei.

*****

Por hoje é só, mas amanhã tem mais. Resolvi que sábado será dia de bundear no shopping cheio e renovar o armário. Deve render uns posts.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ninguém dorme.

Já contei aqui do maldito posto de gasolina com loja de (in)conveniência na frente do meu prédio, né? Já falei também que sempre rola uns bêbados tocando som alto de madrugada, não foi?

Pois bem, essa madrugada tivemos DUAS sessions, uma lá pras 2h, com um carro tocando sem parar Ana Carolina, e a outra umas 3 ou 4h, que enfezou tanto Namolito que o moço resolveu descer e pedir silêncio pros capixabas mal educados e vagabundos (oi, madrugada de 3a pra 4a, né? Volta pra casa, demônio!).

Eu resolvi que cansei dessa bagunça. Hoje, quando voltar do trabalho, vou passar na 77DP e fazer um RO (sabiam que não é mais BO?). Chega. Vou aproveitar e mandar também uma carta registrada com aviso de recebimento (posso chamar isso de notificação extra-judicial, posso? Ah, diz que sim???) exigindo providências, sob pena de tomar as "medidas legais cabíveis" (que, obviamente, faço nem idéia de quais sejam).

*****

Aproveitando essa vibe "vou processar geral merrrrrmo", cogito pentelhar Namolito pra ele tomar as tais medidas legais cabíveis contra a maldita construtora, sua nova vizinha, que anda jogando cimento no quintal, não poupando nem Tina, nossa filhota canina, que se encontra toda chapiscada. Não bastasse isso, deram de presente trocentas rachaduras, afundamento do piso, entortamento do portão e desculpinhas esfarrapadas de que tudo será resolvido ao fim da obra. Só que aí papito viu ontem no Jornal que lá em Sumpólo tá rolando mó quebra-pau, porque as construtoras prometeram e não cumpriram, largando os vizinhos com a casa torta.

Se não rolar solução, penso ainda em atos terroristinhas, tipo jogar umas macumbas com pipoca velha e farofa amarela no canteiro de obra, vandalizar tapumes, enfiar uma batata no escapamento do carro do responsável... só assim, a título de diversão, coisinha pouca mesmo. Ah, aceito sugestões e/ou auxílio jurídico.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

As últimas considerações.

Continuo uma besta primitiva materialista. O cara me enfia uma pistola na barriga e eu só conseguia gritar "meu caaaaarro, minhas coisas que estão no caaaarro, ai ai ai...". Porra, Pollyanna, vamos ficar felizes por não termos tomado pipoco nos cornos?

Isto tudo aconteceu voltando do enterro da avó do Namolito. Porque nada, NADA é tão ruim que não possa...

Curioso que quando estávamos no cemitério, Marcelo me explicou que, para sermos cremados, o ideal é deixar o desejo por escrito, registrado mesmo em cartório. Aí que ontem, antes do bafafá do assalto, resolvi que ia o quanto antes registrar meu desejo de virar churrasquinho no post mortem. Vai que... e olha que quase foi que! (Ai, drama...).

Esperando pra registrar a ocorrência na DP, chegou um monte de viatura do GAT com uma grande apreensão de metralhadoras, granadas, drogas e um elemento algemado. Parece que fizeram uma varredura no morro. O meu (to chamando de meu já...) meliante não quis nada, NADA além do carro. Não quis bolsa, não quis celular, relógio, notebook. Nada. Só um meio de transporte. Fico imaginando se ele não estava lá no mafuá e teria conseguido escapar, e aí tentou um veículo pra continuar a fuga. Ou o cara é retardado mesmo, ou só queria dar um rolé. Vai saber.

Mais elucidações: o infográfico do assalto.

Pra ilustrar:

"x" vermelho = onde o puto me abordou;
minhoca verde = trajeto do meliante;
"x" azul = onde eu recuperei Mundinho, meu sujismundo.

Didático, né? :)

A continuação / elucidação do causo.

A idéia era contar de uma vez, postando do celular, enquanto tomava chá de cadeira banquinho duro na delegacia. Mas aí que acabou-se a bateria do celular, aí rolou esse suspense todo.

Recapitulando, o cara pá, me dá a chave, perdi, preiboi, até aí vocês entenderam. Só que ele saiu quicando pela rua, certamente atrapalhado com a falta de embreagem, o que pode fazer com que o motorista use o pé esquerdo pra pisar no freio, junto com o acelerador. Complicado, né? Então, eu sei bem disso porque sofri pra aprender a sossegar o pé esquerdo.

Mas voltando, o cara saiu quicando num anda-freia-pula-anda-pára, o que, junto com meus estridentes gritos, chamou a atenção de quem passava na travessa onde ele entrou, travessa esta que termina na quadra seguinte, em outra travessa de mão única. Logo, o meliante se viu sem saída, chamando atenção num carro galopante e sem gasolina.

Nisso eu choraaaaava e chorava, quando passou um taxista e "Corre, entra aqui, seu carro está ali na outra rua!" E estava. Ligado. Engarrafando o trânsito. Inteirinho da silva, sem faltar nem um trident, nem um CD, nem nada. Entrei no carro incrédula (porque, né), busquei Namolito e seguimos pra delegacia, onde me mostraram o álbum de figurinhas, mas não achei meu meliante. E ainda tomei esporro do escrivão (não sei se era escrivão, mas ele me atendeu e escreveu muito. Vamos chamá-lo de escrivão) por ter descrito o sujeito como "moreno claro". Segundo o puliça, não existe moreno claro. Existe pardo. Ok, serve pardo então.

Saímos da DP super tarde, minha cabeça latejava e eu só pensava em dormir. Sonhei muito com o assalto. Nos sonhos eu desarmava o bandido, enchia ele de porrada e era ovacionada na rua. Lindo, lindo.