segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quando saber quase tudo é o mesmo que saber nada.

Eu devia ter uns 10 ou 11 anos. Estava na casa de uma amiga e resolvemos fazer um bolo. Nenhuma das duas jamais havia feito isso antes sem supervisão. Mas fizemos. Misturamos tudo, cagamos a cozinha toda, pré-aquecemos o forno e lá vai o bolo. A massa foi subindo, subindo, foi ficando coradinha e o cheiro - delicioso, por sinal - se espalhou pela casa. Devia estar quase pronto.

Amiga: Mas... será que tá pronto? Como saberemos?
Eu: Ah, fácil! Me dá um palitinho de dente.
(abri o forno, espetei o palito no bolo, tirei e olhei)
Amiga: E aí?
Eu; Hummm... não sei. Não sei ler palitinho.


No fim das contas, o bolo solou e virou tipo uma pedra de chocolate. As famílias comeram fazendo huuuummmm, mas aposto como cuspiram tudo depois. Sempre via minha mãe espetando o palito no bolo pra ver se estava pronto. Agora sei que o truque é ver se o palito sai seco, o que indica que o bolo está assado. Mas não saber ler palitinho era o mesmo que não saber nem que um palito poderia ajudar. É um saber quase tudo que é igual a saber nada.

Mais ou menos como aconteceu anteontem, quando me senti vitoriosa inteligente nerd desmontando o bebenote. Achei um tutorial no google, meu oráculo, e chamei Pardal pra me ajudar. Talvez se tivesse um fio obviamente solto, um buraco na placa mãe ou uma colônia de fungos lá dentro saberíamos que algo estava errado. Como tudo estava aparentemente normal aos nossos leigos olhos, limpamos os contatos e fechamos. Continua igual antes. Até tentei fazer update da BIOS, mas também não rolou. Ok, me rendo.

Alô, é da assistência técnica?

*****

Namorado chega amanhã. Boa viagem! :)

2 comentários:

Dona Lô disse...

Ler palitinho!!!!! Cara, amei isso!!!
Então amiga, entrou na sessão nostalgia?

Dona Mila disse...

hahahaha
nada, entrei na sessao 'merda, quero meu bebenote de volta!'
hunf