Um choppinho, dois guaranás e alguns pensamentos.

Estava num bar hoje comemorando o aniversário de um amigo. Não conhecia mais ninguém além do aniversariante, então foi uma boa oportunidade de falar menos e ouvir mais. Seria difícil se eu não estivesse tão cansada.

Aí que ouvi um papo de uma amiga dele, muito bonita por sinal, sobre uma atendente do lugar. A bonitona ouviu a atendente cochichando com outra pessoa da casa algo do tipo "é, é essa aí mesmo". Ela explicou que ficou com um ex da outra, quando já era ex, e depois o casal reatou. E agora a moça atendente fica assumindo uma postura de raivinha contra a suposta rival.

Engraçado que falei disso na terapia essa semana: como nós, mulheres, temos facilidade em perder o foco e dificuldade em canalizar as frustrações. Eu mesma já enchi saco de sucessora. Mas não lembro de nenhum causo de amigo, homem, que tenha perseguido atual de ex. Não faz sentido, se tem assunto mal resolvido, resolva com seu antigo par, né? Mas então o aniversariante me deu um toque muito verdadeiro: é muito mais fácil lidar com a raiva que sentimos de quem não conhecemos. No caso de hoje, imagina que merda pra tal da atendente ter que lidar com a dobradinha amor/ódio pelo atual, que já foi ex. Muito mais fácil cuspir na Piña Colada da desavisada que se meteu onde não devia.

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E agora faltam pouco mais de 24h. Ainda bem, porque saudade até é um sentimento bom, mas já estava me enchendo demais.