Como muuuuita gente, também vi o vídeo. E chorei. Lembrei de um caso que peguei, um cocker que foi tão chutado que rompeu o diafragma, e seu fígado foi parar no tórax, além do trauma torácico que fez acumular ar no subcutâneo. Chorei mais.
Mas sabem o que me faz mesmo mudar de cor?
Isso aqui, o twitter da assassina. Ela começa sua "defesa" argumentando (?!) que "não vai dar em nada mesmo". Segue dizendo que "seus advogados estão cuidando de tudo", pra depois começar a desfiar o rosário, que está deprimida, e não consegue dormir, e blablabla, estou arrependida, o que nos mostra que os advogados fizeram seu papel (ô, anta, para de provocar mais ainda a ira popular! Faça-se de vítima, já!).
Muitos se perguntam por quê diabos quem filmou não deu um grito para salvar o animal. Também me perguntei, mas neste caso, um grito faria ela matar o cachorro longe das câmeras, e tudo daria em nada. O york foi mártir, ou será mártir se a polícia e a justiça fizerem seu papel, nem que seja em respeito à comoção pública que o vídeo gerou. A pena pela tortura e morte do cachorrinho é merreca, mas parece que o MPE de Goiás já a acusou de "tortura psicológica de incapaz", e sabemos que o poder do ECA vai além de proteger menores infratores.
Camila Corrêa de Moura, te desejo mais que noites na cadeia. Não torço pra que te espanquem e te façam caber dentro de um balde, como você fez. Nem vibro com o universo de
#coisasprafazercomquemmatacachorro. A solução pra você, que é enfermeira e deve ter noção de como ossos quebrados doem, é assimilar a dor que você já viu nos seus pacientes com a dor que eu vejo nos meus. Minha pena pra você é que você não sinta, mas SAIBA, tenha consciência do mal que fez, por todos os dias da sua vida. Que seu filho, ou filha, que presenciou esta crueldade te lembre disso pra sempre.